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Arquitetos: Gui Paoliello Arquiteto
- Área: 203 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Manuel Sá
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Fabricantes: Assoalhos Espaço Felgueiras, AutoDesk, Braston, Neobambu, NobreInox, Protecnica, Rewood, Windoor Pty Ltd, reka iluminacao
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto partiu da demanda de reformar uma pequena casa na Vila Madalena para que abrigasse o uso residencial eventual e também um estúdio ou sala de ensaio, como um espaço de apoio para um casal que mora fora, mas trabalha na cidade. O típico sobrado em lote estreito e profundo, se apresentava como uma construção comprida e compartimentada, encostada em uma das divisas e com um recuo de 1,5 na outra lateral. A reforma trouxe como proposta mudanças pontuais que respeitassem a lógica estrutural da casa e valorizassem alguns elementos originais; procurando estabelecer poucos ambientes, amplos, integrados, fluidos e bem iluminados.
O volume principal da casa, a cobertura em duas águas e a antiga escada de madeira na centralidade da planta foram mantidos, valorizados e recuperados. A escada ganhou um novo fechamento em madeira, que foi pintado de branco, em seu encontro com o piso térreo, assim como o corrimão, um paliteiro vertical de madeira. Este elemento, devido à sua posição, divide ambos pavimentos do imóvel em duas espacialidades: frontal e posterior.
As paredes do pavimento térreo foram demolidas unificando os espaços e enormes caixilhos de vidro criaram uma conexão visual com o jardim no corredor lateral, promovendo uma espacialidade mais larga assim como a maior entrada de luz e ventilação. Na espacialidade frontal do térreo, o espaço integrado de cozinha, refeições e estar tornou-se a entrada da casa. A cozinha, antes localizada no pavimento superior, forma um ambiente bastante despojado, composto apenas por uma bancada de trabalho e prateleiras todos em inox com armários em ripados de madeira embaixo. A metade posterior do térreo, antes uma sequencia de espaços compartimentados, foi transformada em uma ampla sala de ensaio, que se integra com o estar/cozinha por uma porta de correr. Uma nova torre de serviço foi construída no fundo do corredor de recuo lateral abrigando todos os ambientes hidráulicos, banheiros nos dois pavimentos, bem como um tanque de apoio no térreo.
No pavimento superior, as tesouras e forros de madeira da cobertura original foram recuperados e mantidos aparentes acompanhando o telhado e caracterizando as espacialidades do vazio lateral à escada, das circulações e do mezanino sobre o estar/cozinha. No espaço posterior deste pavimento, sobre o estúdio, foi criada uma antecâmara/vestiário seguida de dormitório. Na parte frontal, o mezanino, um pequeno espaço de trabalho, ganhou novas aberturas para a frente, em caixilhos de madeira reaproveitados e relocados, conectando com um deck, ou solarium, suspenso sobre o abrigo de veículos, contiguo à rua, espaço expandido e todo executado em um ripado de material sintético, que se estende à fachada do imóvel. A pequena casa dispõe de todos os aparatos de captação de energia solar gerando aquecimento de água e energia elétrica. Assim como um sistema de reaproveitamento da água pluvial, em tanques verticais discretamente alocados junto às paredes. Desta forma, a Casa Vila Madalena pode ser considerada uma construção praticamente autossuficiente.
